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Como falar com a criança que o papai ou a mamãe está com câncer
30 de abril de 2024
Quando um pai ou uma mãe recebe o diagnóstico de câncer, a primeira reação é pensar nos filhos. Não apenas no medo de que a doença os deixe desamparados, mas nas dúvidas que surgem de como contar aos pequenos o que está acontecendo. Essas são reações naturais, a que todos estamos sujeitos. Isso ficou claro no vídeo gravado pela princesa inglesa Kate Middleton. Nele, a relação com os três filhos ganhou protagonismo ao tratar de sua doença.
O tratamento do câncer altera o dia a dia da família, e isso é inevitável. Por isso, a forma como levar o assunto com as crianças varia de acordo com a idade, a maturidade e a capacidade de compreender o que se passa. No entanto, seja qual for a situação, três princípios precisam ser seguidos. O primeiro é ser honesto e transparente. O segundo é usar palavras e imagens que seu filho seja capaz de entender. E o terceiro é viver intensamente cada etapa, comemorando as vitórias e compartilhando as dificuldades.
Como falar de câncer na primeira infância
A primeira infância é a fase das descobertas. Nela, a criança pergunta sobre tudo para entender o mundo em que está vivendo. E os efeitos do tratamento do câncer, especialmente a queda dos cabelos, os enjoos, os momentos de apatia e de tristeza logo serão percebidos pelos pequenos. Por isso, usando uma linguagem acessível, é preciso explicar logo que a mamãe ou o papai está doente.
Neste cenário, um ponto importante é responder a tudo com sinceridade, mas sempre de uma forma simples, sem explicações excessivas. Não é necessário falar demais, dar detalhes que podem parecer normais para você, mas que seu filho não iria entender.
Como falar sobre o diagnóstico com crianças maiores
A partir dos cinco ou seis anos, a criança já tem um entendimento maior dos acontecimentos. Com essa idade, ela sabe o que é estar doente, a necessidade de se tratar e as expectativas de melhora que o tratamento pode oferecer, por mais que cause incômodos momentâneos. Portanto, mais uma vez, a honestidade é fundamental. A mentira pode quebrar a confiança nas relações familiares e gerar traumas mais graves. Ser verdadeiro evita que seu filho faça suposições sobre o que está acontecendo ou crie situações imaginárias que, por vezes, podem ser até mais graves do que a realidade.
Por fim, é importante respeitar os sentimentos e as emoções das crianças. Isso é essencial para enfrentar o diagnóstico e o tratamento do câncer, e também para melhorar a comunicação entre pais e filhos. Haverá momentos de dúvidas e de medo, que podem se manifestar pelo choro, pelo isolamento, pela agressividade. É quando a união da família se torna ainda mais fundamental para superar essas situações. O diálogo, o compartilhamento dessas emoções é que vão dar força para superar as dificuldades.
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