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Dicas para ajudar na alfabetização do seu filho.

17 de outubro de 2019

Brincadeiras lúdicas e que envolvem os cinco sentidos podem tornar o aprendizado natural e muito agradável.

Criança, precisa ser criança. E ser criança é poder brincar. Não há quem conteste uma afirmação como essa. Mas, muitas vezes, o que pode parecer uma simples brincadeira é a maneira ideal de dar a partida numa fase essencial da infância: a alfabetização.

A alfabetização, de fato, é um momento marcante no desenvolvimento dos pequenos. E torna-se uma preocupação constante para os pais, quando surgem dúvidas sobre a melhor idade para que os filhos comecem a ter contato com letras e palavras ou o momento certo de irem para escola.

Hoje, entre os especialistas, há o consenso de que as particularidades de cada um é que devem ser respeitadas. Não existe uma regra, uma fórmula pronta. Algumas crianças, antes dos cinco anos, já começam a juntar letras, a ler e a entender as primeiras palavras. Outras demoram mais, essa fase só chega aos seis, às vezes até aos sete anos. O importante aqui é não se assustar, lembrar que não cabe fazer comparações nem cobranças duras demais que podem ter o efeito contrário, inibindo o aprendizado. A velocidade da alfabetização não é um indicador de inteligência e nada tem a ver com a perspectiva de transformar-se em um bom ou um mau aluno no futuro.

O ideal é que, em todo o processo de alfabetização, a escola e a família exerçam um trabalho conjunto. O início da vida escolar não deve significar, necessariamente, o início da alfabetização. As crianças normalmente começam na escola bem antes de aprender a ler ou escrever. Da mesma forma, desde a primeira idade, é recomendável aos pais, no dia a dia, fazer do contato com as letras, as sílabas e as palavras, uma atividade natural e, acima de tudo, prazerosa.

Mas como despertar o interesse pela escrita e a leitura em um mundo em que os apelos visuais e sonoros se impõem cada vez mais também no universo infantil? Vale lembrar que crianças aprendem de forma lúdica, usam o tato, o olfato, a visão, a audição e o paladar para identificar e entender o significado das coisas. Assim, explorar as brincadeiras e os cinco sentidos é um bom caminho para auxiliar a alfabetização. A partir dessa constatação, listamos cinco dicas simples, recursos que você pode incluir em sua rotina para levar o seu filho a uma viagem pelo mundo das letrinhas.

As mãos têm um papel importante no aprendizado. A criança pode se familiarizar com o formato das letras, por exemplo, desenhando com o dedo em uma caixa de areia, fazendo modelagem com massinha ou juntando palitos de picolé. Já para ensinar como se forma uma palavra, você pode usar “marcadores” como grãos de feijão, tampas de garrafas ou palitos de fósforo, fazendo com que os pequenos identifiquem, arrastando esses “marcadores” por um tabuleiro, a quantidade de letras de uma palavra.

Brinquedos que tenham como tema letras e palavras, jogos de tabuleiro e mesmo os jogos eletrônicos adequados a cada idade podem ser úteis para ajudar na alfabetização. São inúmeras as opções que existem no mercado e levar a criança a participar da escolha pode ser a primeira forma de envolve-la. Sentar no chão ou em torno da mesa para jogar, além de prender a atenção da meninada, cria momentos de convivência familiar, ou entre amigos, que são raros nos dias de hoje.

Mas, você também pode criar suas próprias brincadeiras. Fale uma letra e peça para a criança citar o nome de um animal, de uma fruta ou de um amigo que começa com ela. Diga uma palavra e peça para contar uma história ou cantar uma música em que ela esteja presente. São inciativas simples que podem render bons resultados.

Mesmo que o seu dia a dia seja muito corrido, vale tirar ao menos alguns minutos por semana para ler um gibi, um livro de conto de fadas ou de personagens do imaginário infantil. Deixe que seu filho acompanhe a leitura ao seu lado, de preferência, observando de perto cada página. Isso vai ajudá-la, a diferenciar o que é texto e o que é desenho, associar o som às palavras percebendo que são escritas da esquerda para a direita e que há espaços entre elas. Mas muita atenção: melhor do que tudo isso é que o exemplo venha de cima, ou seja, filho de pais que têm o hábito de ler têm mais chances de gostar de leitura.

 

É importante que a criança perceba desde cedo o papel da escrita no dia-a-dia. Atitudes simples podem contribuir para isso. Quando sair de casa para trabalhar deixe um bilhete para seu filho, mesmo que ele ainda não saiba e outra pessoa tenha de ler para ele. Estimule que ela faça o mesmo, mesmo que no lugar de letras só consiga fazer rabiscos.

Outra forma, é escrever aquela cartinha para a vovó ou o pedido de presentes para o Papai Noel usando as palavras dele, desenvolvendo o seu raciocínio e capacidade de ordenação de textos.

Rótulos de embalagens, placas de sinalização de trânsito, letreiros luminosos e outdoors, quando lidos em voz alta ajudam as crianças a entender que palavras têm um significado e um sentido. Nominar objetos, usando etiquetas com o nome de cada coisa, cumpre o mesmo papel. Isso vale para o material escolar, as peças de roupa – identificando a gaveta de guardar meias e a de camisetas –  os móveis do quarto  ou o vidro de guardar arroz, feijão, biscoitos e outros alimentos na despensa.

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