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As mil faces da mulher. Uma história real que também existe na sua casa

26 de março de 2019

Não são nem seis da manhã e já estou de pé. Entre um olho meio aberto e um bocejo, já estou com as mangas arregaçadas juntando os brinquedos espalhados pela sala. A máquina de lavar já completou seu ciclo, o café já está devidamente passado e antes mesmo que eles acordem, tudo está devidamente ajustado para a nossa rotina.

Ainda não passa das dez e eu já lavei, passei, cozinhei e dei banho nas crianças. Entre uma função e outra, que nessa hora já perdi quantas, tenho uma pausa de alguns minutos para encher meus pequenos de beijos, responder por algumas vezes que não é dia do brinquedo na escola e falar, repetidamente que não pode colocar aquele brinquedo na boca.

Perto das onze é hora de assumir a função de motorista escolar, conferir as agendas, ter um momento nutricionista consciente e arrumar lancheiras saudáveis. É preciso também arrumar tempo para dar um jeito no cabelo, colocar um salto, pois ainda vou encarar duas reuniões importantes. Que horas são mesmo? Ah tá, nem meio dia! E eu nem sei quantas coisas já fiz.

Deixo as crianças na escola. Olho por longos minutos meus meninos sorrindo, acenando para mim no portão! Deixo de lado por alguns momentos a função de mãe e assumo a função de empresária. A correria começa de novo. Entra em reunião, sai de reunião, atendo telefonemas importantes, lembro-me de pagar algumas contas no intervalo. Checo e-mails, negocio com clientes e fornecedores. Passo o olho pelo relógio e dou um pulo da cadeira! Já é hora de buscar meus grandes e mais importantes tesouros!

Sim, a melhor hora do dia se aproxima. Vejo olhos brilhantes correndo até os meus, abraço forte meus pequenos e vamos para casa. Sento, converso sobre o dia enquanto guardamos o material. Tomamos banho, preparo o jantar e conversamos mais sobre nossas descobertas. Nessas horas, nada de telefone por perto. Nessa hora volto a ser apenas e tão somente mãe.

Eles dormem! Eu também quero dormir. Mas, preciso cuidar da casa, que não pode dormir assim! Marido chega e vamos falar sobre nossos dias, namorar, conversar. Chego ao fim de mais uma longa jornada, sabendo que em poucas horas tudo isso se repetirá. Fecho os olhos feliz, agradeço por ter a força e a garra feminina.

Esse texto pode e deve parecer familiar a tantas mulheres de garra e força de nosso país. Esse texto pode ser a réplica de sua rotina, da sua vizinha ou da sua mãe. Ela conta a história de mulheres comuns, mulheres que assim como eu, lutam diariamente por uma vida melhor e que por isso assumem diversas funções. Mulheres são multitarefas. São força. Mulheres são fonte de vida. Esse texto é assim, singelo e real, como a rotina de todas nós. Feliz a todas as mulheres que lutam por dias melhores, todos os dias!

 

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